IMPORTAM-SE DE REPETIR!?

Existe, ele existe, existe essa coisa, um movimento (se eles souberem o que isso é) chamado... Moita a Cidade. Uau!! Venham fanfarras de tourada, estalem foguetes durante a madrugada, soltem os touros, saia mais uma romaria, a Moita quer ser cidade, ou melhor há quem na Moita pretenda que tão bovina vila seja cidade. Para quê elevar a Moita ao estatuto de Cidade? Bom, se até a Costa de Caparica já é cidade..., a opereta bem pode ter mais um capítulo. A vaidade desta gente não tem fim. A Moita não tem um hospital, um museu, um posto de polícia digno desse nome, um teatro, um cinema, um jornal, não tem ensino superior, tem transportes públicos risíveis, o património está a cair aos bocados e esquecido, não tem instalações desportivas condignas, tem uma vida cultural miserável e provinciana, a pouca indústria feneceu, o comércio é «insignificante». O que é que a Moita tem para ser cidade? Mesmo no concelho a que «preside» nem é a vila mais populosa, cabendo esse papel à Baixa da Banheira. Nem tem mais história, por muito que a inventem (na boa tradição caciquista e salazarista que cimentou o seu poder concelhio), cabendo esse papel a outra freguesia, Alhos Vedros, onde o património e os equipamentos estão ao abandono ou sujeitos aos maus tratos de um poder camarário muitas vezes ignorante e bacoco, quando não vítimas da indigência do «poder central». E esta gente quer a Moita a Cidade!? É isso o progresso!? Ser cidade de nome e não de facto!? Dizem que as vantagens são de "base eminentemente psicológica". Perdão, voltando atrás, não é bem bovina vila (que até na Moita há qualidades) senão bovina proposta.