26.10.06

Meu futebol português...




Meu futebol português
só tu para me fazeres rir
uns de ti a fugir
outros a enlouquecer de vez

Porque é mesmo de loucos
assistir a jogos enfadonhos
e nem nos meus piores sonhos
veria bancadas com tão poucos

Estádios novinhos às moscas
com aspecto sombrio e triste
jogadores com entradas de pé em riste
e cotoveladas violentas e toscas

Golos com a mão
notas altas a arbitragens
talvez pagas com viagens
e contas nas Ilhas Caimão

Uma Liga desorganizada
uma Federação subserviente
e Madaíl a assistir, dormente
a toda esta caldeirada

Andamos a olhar para isto
a ver-te a caminho a caminho da morgue
tendo eu saúde e um blog
luto por ti e não desisto

Serafim, poeta do povo e para o povo

18.10.06

A Brigada Relote e os Ultra Copos...


No Barreiro há uma claque que se empenha no apoio da equipa da terra: o Barreirense.
Faça chuva ou faça Sol, lá está a Brigada Relote (e não a brejeirice Roulotte). As intempéries ou o calor excessivo são pormenores. O que interessa é haver cerveja...
No seio da claque há, no entanto, um elemento que se destaca e que, por isso mesmo, fundou uma (digamos assim) subclaque: os Ultras Copos, composta por ele e só ele, tão elevados são os seus níveis de PH, nos dias de jogo.
Quem quiser confirmar as minhas palavras, veja o vídeo que nos foi presenteado pelo melhor programa sobre futebol na TV nacional, a Liga dos Últimos, e que está alojado no Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=gH8FMV2jSUA

13.10.06

Scolackman


Scolari adoptou agora uma nova perspectiva da pontuação em cada jogo.
Jogo em casa é para ganhar. Jogo fora de casa é para empatar.
Mas não tem sido Scolari quem tem dirigido a equipa, mas sim Gene Hackmann, o actor americano. Eu bem suspeitava não ser possível um treinador fazer tanta asneira seguida..

12.10.06

Cobras cuspideiras


O novo "patrão" do futebol profissional, Hermínio Loureiro, logo na sua tomada de posse, entrou a pés juntos e por trás, ao falar sobre o funcionamento de alguns orgãos da Liga de Clubes, da antiga Direcção liderada por outro Loureiro: o major Valentim.
Isso só demonstra que Hermínio tem andado atento ao tipo de futebol que se pratica nos relvados e batatais dos campeonatos profissionais de Portugal.
Mas, já como medida preventiva, o Conselho de Disciplina da Liga, decidiu instaurar um dos famosos sumaríssimos ao seu presidente. Como forma de combate às entradas por trás e de pés juntos... Petit já reagiu, mas não posso reproduzir as suas palavras. Perguntem ao árbitro do Boavista X Benfica, João Ferreira. Foram básicamente as mesmas palavras. Só não tenho a informação se se cuspiu todo outra vez. Aliás, posso também adiantar que Capucho (ex-jogador do F. C. Porto) vai processar Petit, por copiar um tipo de reclamação que era a sua imagem de marca: chamar f&%#o da p$&a ao árbitro, seguido da já mítica cuspidela... Eu concordo com Capucho... Há chancelas que merecem ser protegidas, para não caírem na banalidade...

10.10.06

O mito de uma geração...


Reinaldo é o seu nome.
Era ídolo de toda uma geração, outrora adolescente, que nele se revia. Jogador do Benfica, no seu período aureo, Reinaldo era um futebolista que não dava tréguas aos adversários. Para ele, não havia uma bola perdida. Tinha o faro do ponta de lança clássico. Era destemido, partia para cima de quem aparecia à frente, sempre duro. Não receando o choque, as suas entradas por trás são míticas... Sempre com o intuito de ganhar o lance e espalhar o pânico em terreno alheio. Penetrava no último reduto opositor de toda a maneira e feitio. Rebentava quem se atravessava no seu caminho, tal a pujança física que ostentava.
Reinaldo mirava o olho do adversário e avançava destemido. Por falar em olho, não deixa de ser curioso que, tendo sido destaque no Benfica, há uns anos fosse olheiro do F. C. Porto na sua terra natal, a Guiné Bissau. As voltas que a vida dá...
Mas, atenção, Reinaldo sempre foi amigo do seu amigo. Apesar de toda a impetuosidade, era considerado um doce de pessoa. Sempre de trato fácil. Um doce é aliás o cognome de Reinaldo no seu círculo de amigos...
Um autêntico ídolo, na verdadeira acepção da palavra, sem pés de barro. Foi até o primeiro futebolista português a ter uma réplica sua num jogo para computador. Na altura (anos 80) o Spectrum. O velhinho Spectrum... Do gravador e cassete audio. Que saudades... E era ver a alegria dos adolescentes jogadores (nos quais me incluo) quando o boneco do Reinaldo entrava em cena. A entrada de Reinaldo sinalizava o início do espectáculo, aguardado com expectativa. Nada escapava ao boneco Reinaldo... Como na vida real...

6.10.06

Eskilsson


Esta é a prova de que o cantor dos Europe também era jogador da bola...