27.11.06

Um tapete e uma colcha de flanela

Quando eu já pensava ter ouvido e penado tudo perante a única claque com contornos de sadismo puro, que é a claque feminina do Nacional da Madeira, eis que surge outra apostada em concorrer ao título da claque mais irritante de Portugal. Isto se descontarmos as dos comícios políticos, claro está... Mas, voltando ao tema, a claque a que me refiro é a da Naval 1º de Maio, da Figueira da Foz. Nesta jornada, no jogo contra o Sporting, eu cheguei ao cúmulo de pedir um golo do Sporting (o que por si só demonstra o estado de desespero a que eu havia chegado, sendo portista) só para ver se eles se calavam.
A claque feminina do Nacional da Madeira adopta um estilo deveras castrador do discernimento na análise ao jogo, tal é o barulho agudo que as suas vozes, amplificadas pelo megafone da sua líder, debitam em doses sobrehumanas, sempre no registo habitual: "Nacional, Nacional, Nacional, Nacional...". E o que dizer do som lancinante, qual alarme de incêndio, usando o famigerado megafone, que nos invade e atormenta o espírito, nos lances de bola parada junto à área nacionalista? Medo...
Já a claque do clube da Figueira da Foz, adoptando um estilo na sua essência parecido, é composto por jovens que, sem usarem o megafone para o já citado som lancinante, aquando de um lance de perigo adversário, empunham-no para lançarem apelos como: "Naval, Naval, o orgulho da Naval somos nós", repetindo a frase até à exaustão. Não a exaustão dos próprios, visto que a repetem o jogo todo, mas dos que os ouvem. O que é chato, porque a pessoa compra um bilhete para ver o jogo com sossego na cadeira e depois é obrigado a ouvir um casting para vendedores ambulantes de tapetes e colchas...

PS: Este post é uma homenagem em forma de sátira às claques que para apoiarem os seus clubes não precisam de chamar nomes aos adversário, mandar garrafas e isqueiros aos árbitros, nem assaltar estações de serviço. Um grande bem haja para elas. Mas, já agora, baixem só um pouco o volume...
Reparem no pormenor da foto e vejam quem comandava a claque do Nacional no Estádio do Dragão. O grande Fernando. será que ele sabe com quem o F. C. Porto jogava? Fica a pergunta no ar...

24.11.06

O futebol é arriscado...



O futebol é uma actividade de risco. Mas isto, dito assim, é uma verdade de La Palisse.

Os dirigentes sérios e que andam no desporto por carolice perdem dinheiro e "quality time" com as suas famílias, para se empenharem nos seus clubes.

Os árbitros passam os seus dias de folga a correr atrás de 22 jogadores, sendo muitas vezes brindados com impropérios das mais variadas origens e sempre desrespeitosos para com as suas mães ou esposas, não se livrando, ocasionalmente, de agressões físicas.

E os futebolistas? Os futebolistas são os que dão o corpo ao manifesto. São os olhos, o coração palpitante, as pernas e os braços dos adeptos dentro do campo. E também eles são sujeitos a privações. A semanas sem folgas, a estágios que os distanciam das suas famílias e a jogos desgastantes física e psicológicamente. Muitos perdem anos nisto. E os anos não voltam atrás...

21.11.06

O Bóbó


Bóbó foi, como jogador, um elemento temido por todos os adversários já que não fazia reféns em campo. Se os oponentes se mexiam, logo estava na altura de os deitar abaixo e mostrar quem mandava no seu feudo, que era o rectângulo de jogo.
Viril, duro, implacável, sarrafeiro e caceteiro eram os impropérios mais ouvidos por Bóbó ao serviço do seu Boavista, clube que serviu com sentido de missão nos anos 80 e 90. Mas, mesmo tendo todas as características citadas, era acarinhado pelo povo, que se revê um pouco neste estilo de jogador. Jogadores que suam a camisola até ela cheirar tão mal que nem eles próprios a conseguem vestir no início da 2ªparte.
E foi por o ter servido de forma tão leal (e agressiva, diria eu) que o Bóbó volta ao seu Boavista. Pela mão de quem? Quem mais poderia ser senão Jaime Pacheco, um adepto acérrimo desse tipo de jogador.
Mas, que raios, o que importa é que voltou o Bóbó.
Ah, ganda Bóbó!!!

15.11.06

Mais um portista no desemprego...

Numa altura em que o país atravessa uma crise, no que concerne à criação de postos de trabalho, é com grande pesar que assistimos ao aumento do número de desempregados.
Do mal o menos, ninguém lhe mostrou o dedo médio e ele saíu pelos seus próprios meios...

8.11.06

Séninho on Tour


Hoje decidi deixar-me levar por um sentimento egoísta e fazer neste espaço de comunicação público uma homenagem a um grande senhor que, por acaso, tem nome de futebolista dos anos 70: Séninho.
O futebolista jogou no F. C. Porto, o que não deixa de ser irónico, sendo o homenageado um benfiquista de alma e coração. Era um extremo direito muito ofensivo e com apetência pelo golo. Rapidíssimo nas suas acções atacantes, com boa técnica e que chegou a jogar com Pélé e Beckenbauer, no Cosmos de Nova Iorque, já mo ocaso da sua carreira.
Mas, agora que descrevi o futebolista, vou revelar a categoria do outro Séninho. É um génio do vídeo amador, um Spielberg dos pobrezinhos... O Spielberg dos velhos tempos...
Ele transforma anónimos em estrelas do dito vídeo amador. Os seus filmes, que imortalizam as digressões anuais de um grupo de amigos a Lagos (o Séninho on Tour), são um exemplo de excelência. Os efeitos especiais simples, porém, cheios de emoção e sentido de humor neles investidos, fazem dessas obras de arte um hino à alegria e ao companheirismo.
Por isso eu digo, em meu nome e do Zeferino (também ele uma testemunha previlegiada dessas obras-primas), um forte e sentido BEM HAJAS SÉNINHO!!!

2.11.06

Comunicado ao país



O Falta Papel, depois de estudar todos os factos decorrentes do jogo entre F. C. Porto e Benfica, decidiu emitir um comunicado ao país como forma de protesto. E as razões do protesto são:

1ª - O jogo foi bem jogado e não houve falta de "fair play" entre os jogadores, quebrando uma antiga tradição;
2ª - O árbitro fez uma boa arbitragem e não teve influência no resultado;
3ª - O ex-Presidente da Casa do F. C. Porto no Luxemburgo teve uma atitude feia ao festejar os golos do Benfica. Diz-se que por despeito;
4ª - O menino Anderson meteu-se debaixo de um grego e depois queixam-se que teve azar. Para nós até teve sorte em não engravidar, visto que a sua alcunha no balneário portista é Jurema;
5ª - Por último, condenar o novo penteado do jogador Bruno Alves.

A Direcção do Blog vai, ainda, reunir e deliberar se tomará medidas arbitrárias e desprovidas de qualquer senso, como forma de protesto mais firme. Quem sabe começar a ver jogos da BWin Liga. Especialmente jogos do Desp. das Aves e Est. da Amadora, reconhecidamente jogos desinteressantes...


PS: A imagem foi escolhida devido às semelhanças com um dos habituais instigadores da confusão...