13.1.06

FRASE SOLTA

A mesquinhez campeia em Portugal.

3 Comments:

Blogger sónia said...

Verdadinha absoluta e indesmentível!

13.1.06  
Anonymous Anónimo said...

"Take 1"
A EMAUDIO : um novo desastre na comunicação social. (1986-1990)
Rui Mateus ? Contos Proibidos, memórias de um PS desconhecido.
Capítulo VIII

Quando o VI congresso do PS iniciou os seus trabalhos no dia 27 de Junho, sabia-se à partida que Vítor Constâncio iria suceder a Mário Soares. A responsabilidade política pela enorme derrota do PS nas legislativas de Outubro do ano anterior era essencialmente sua, ao insistir em ser primeiro-ministro do desastroso Governo do Bloco Central.
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Mas dentro do PS, onde desde o I Congresso se instalara a lógica do golpismo, o ?ex-secretariado? era a oposição e o os ?soaristas? , o poder.
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Vítor Constâncio, filiado com o nº 58877, encabeçaria a lista da moção ?Política Nova, Renovação do PS? e Jaime Gama, número 41 do PS, punha ?O PS em Primeiro Lugar ? Modernizar e Unir o PS?.
O próprio Mário Soares, inicialmente inclinado para apoiar aqueles que sempre o tinham apoiado, reflectiria profundamente, uma vez que sabia que sem o PS se não realizaria o seu objectivo de reeleição, decidindo enveredar por uma estratégia de divisão de tropas: aconselhou alguns a enfrentar Constâncio e outros a apoiá-lo.
Assim, entre o ?renovadores? encontravam-se inúmeros soaristas fiéis como era o caso de Manuel Alegre e Torres Couto.
O indefectível "soarista" Almeida Santos (filiado número 95146), apoiaria o seu antigo rival e Soares daria indicações à Fundação de Relações Internacionais, de que ainda era presidente, para apoiar logisticamente os candidatos anti-Constâncio.
Por outro lado, daria intruções a Menano do Amaral para lhe entregar verbas da conta do MASP, que este geria em seu nome, para entregar a Constâncio.





?Take 2?
A EMAUDIO : um novo desastre na comunicação social. (1986-1990)
Rui Mateus ? Contos Proibidos, memórias de um PS desconhecido.
Capítulo VIII
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Tinha sido acordado que o presidente do PS, António Macedo, embora sem poderes reais seria a figura de proa do partido até e durante o Congresso.
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Assim, esforçar-me-ia para garantir a presença do maior número de convidados estrangeiros e para dar uma imagem de maturidade e normalidade do PS. O que não seria em vão, dada a representação de partidos de cerca de trinta países. O PS, como sempre, ofereceria um banquete no Castelo de S. Jorge. Constância já tinha sido eleito, mas como os convites eram entregues nas pastas de documentação antes do início dos trabalhos e, como era regra geral, o anfitrião daquele banquete ainda era António Macedo.
O novo secretário-geral do PS, que tinha tanto de convencido como de provinciano, achou que deveria ter sido ele o anfitrião e fez-me reparo dessa questão com o seu característico ar de enfado.
Eu aproveitaria para lhe dizer que dispensava os seus conselhos e que quem tinha reparos a fazer era eu. Durante as semanas que antecederam o Congresso, em que se conhecia a vitória da sua moção, nunca me contactara para preparar a transição, embora soubesse que Jorge Sampaio iria, finalmente, poder dirigir as tão cobiçadas Relações Internacionais do PS.
Mas, fazendo lembrar as Republicas das Bananas, Sampaio e Constâncio juntos endereçariam convites pessoais aos meus colaboradores do Departamento Internacional, na véspera do Congresso e, nem por cortesia, lhes passaria pela cabeça falar comigo.
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Por outro lado, o partido tinha, em 1986, um considerável património acumulado apesar de ter saído de três eleições e de os apoios partidários internacionais ao partido, terem deixado de se verificar há muito.
Foi neste conturbado clima que nasceu a EMAUDIO, Sociedade anónima de empreendimentos audio-visuais.



?Take 3?
A EMAUDIO
Rui Mateus ? Contos Proibidos, memórias de um PS desconhecido.
Capítulo VIII
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No dia 17 de Fevereiro encontrar-me-ia, como combinado, em casa de Mário Soares onde Ivanka Corti era convidada para o almoço.
Ali, embora ainda sob emoção da vitória, Soares explicaria que tinha ideia de aproveitar os recursos de algumas Fundações partidárias que lhe eram afectas, para participar na tão falada privatização dos meios de comunicação social e abertura da TV ao sector privado.

Queria primeiro estudar melhor o assunto, mas desde logo pediria à convidada italiana que transmitisse um convite seu a Sílvio Berlusconni para vir a Portugal.
Este não perderia tempo e chegaria pouco tempo depois a Lisboa, no seu avião pessoal, acompanhado de Ivanka Corti.
Estava disposto a associar-se ao grupo do presidente Mário Soares se isso, estou convencido, lhe pudesse trazer mais benefícios do que investimentos.

Antes do jantar, no palácio de Belém, os seus técnicos seriam autorizados a montar ali uma espécie de mini-estúdio de TV com equipamento, para a altura ultra sofisticado, que trouxera consigo no avião.
Depois da refeição demonstraria até altas horas o seu ?produto? ao Presidente da República e aos seus convidados portugueses, os quais viriam a constituir o grupo EMAUDIO.



?Take 4?
A EMAUDIO
Rui Mateus ? Contos Proibidos, memórias de um PS desconhecido.
Capítulo VIII

Em reunião que teve lugar na sua casa de campo em Nafarros, Soares reuniria os elementos escolhidos para formar o grupo, a quem explicaria os objectivos.

O seu filho, que até então vivera numa relativa obscuridade política. Almeida Santos, a quem competiria a orientação jurídica do projecto, era desde há muito o braço direito de Soares. Bernardino Gomes, que anos antes tinha definido as ?regras? para a viabilidade das empresas ligadas ao PS. Carlos Melancia, homem da sua máxima confiança e reconhecido pela sua competência técnica, com boas ligações quer com a Igreja, quer com o grupo do ?ex-secretariado? que então dirigia o partido. Raul Junqueiro, muito ligado a Melancia e que tinha liderado, no Governo e na A.R., as questões do PS relacionadas com TV e Telecomunicações. Menano do Amaral, até então gestor do PS e do MASP, a quem caberia a administração financeira do projecto. João Tito de Morais, que tinha sido o homem do PS e da confiança pessoal de Mário Soares na administração da RTP, da ANOP e, então, dirigia a CEIG, a Cooperativa que editava e imprimia tudo o que tinha a ver com o Partido em matéria de imprensa, incluindo o Acção Socialista e o Portugal Socialista. Era proprietária de um semanário de desporto automóvel, Autosport e outro de música chamado Blitz (os dois posteriormente vendidos ao grupo Balsemão). Para além disso, imprimia comercialmente jornais como o Correio da Manhã, o Independente e partes do Expresso.
Eu seria o oitavo elemento escolhido em virtude de deter a presidência da FRI, que assumira por sugestão de Mário Soares após a sua eleição.

A EMAUDIO, que então ainda não tinha sido baptizada, não seria senão uma nova tentativa de realização de um velho sonho do Partido Socialista em geral e de Mário Soares em particular.

Após várias tentativas frustradas para ocupar um espaço na comunicação social ? área então considerada vital para o sucesso eleitoral do Partido e do seu secretário-geral ? após a sua difícil eleição, Mário Soares, decidira juntar os meios de que dispunha à volta da CEIG, da FRI, e do MASP à sua nova imagem presidencial, para realizar o ?velho? sonho.
O timing não poderia ser melhor, uma vez que a sua imagem saíra reforçada das eleições presidenciais.

Por outro lado, com a tangencialidade da vitória e a necessidade de reocupar o espaço perdido para Constâncio no PS, não havia tempo a perder em matéria de estratégia para a reeleição. E o país estava receptivo à privatização dos meios de comunicação social.


?Take 5?
A EMAUDIO
Rui Mateus ? Contos Proibidos, memórias de um PS desconhecido.
Capítulo VIII
Berlusconni conhecia muito bem a importância de contactos nos centros de poder e logo ali disse estar disposto a associar-se ao grupo ?soarista?.
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Entretanto, conhecedor do projecto de comunicação social do Presidente da República, e tendo ele próprio apoiado quer o lançamento de ?A Luta?, quer a aquisição do edifício da CEIG em 1975, Frank Carlucci, em transição da Sears World Trade para o Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, sugeriria Rupert Murdoch, que seria o segundo convidado de peso do Presidente da República. Em Novembro enviaria dois colaboradores a Portugal, Patrick Cox e Malcolm Tallantire, respectivamente vice-presidente e director executivo da Sky Channel e aceitaria, em princípio, um convite de Mário Soares para um encontro no dia 21 de Janeiro de 1987.

Estes colaboradores de Murdoch encontrar-se-iam com Almeida Santos que os guiaria num ?tour de oportunidades? que se abriam no nosso país. Na Rádio Comercial, no Jornal de Notícias e na Televisão.
Entrariam em contacto com uma importante firma de advogados e começaram a preparar ums espécie de pré estudo de viabilidade, cuja elaboração levaria ao adiamento da viagem de Murdoch de Janeiro para Março.
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Nos encontros com Almeida Santos e com os seus advogados, manter-se-ia essencialmente o esquema accionário que tinha sido traçado no projecto elaborado por Medina Carreira, para associação com Sílvio Berlusconni mas seriam levantadas objecções à participação directa da Fundação de Relações Internacionais, dadas as suas conotações políticas com o Partido Socialista.
Um novo projecto de estatutos começaria então a ser preparado por Almeida Santos com o concurso do seu colega de escritório Deodato Coutinho que no dia 16 de Março pela manhã teriam um encontro com Patrick Cox, no escritório dos advogados portugueses do grupo de Murdoch, a News International.
O capital destinado à FRI deveria ser subscrito por terceiros, enquanto depositários dos interesses daquela fundação.

Quando Murdoch chegou a Lisboa ao fim da manhã desse mesmo dia, vindo de Los Angeles no seu avião particular, vinha munido de um memorando em que se podia ler ?Portuguese Project / Strictly Confidential?.
A sua leitura não oferecia qualquer dúvida quanto à paternidade da EMAUDIO.

?A News Corporation tem oportunidade de investir num número de empresas comunicação social em Portugal, nas ex-colónias portuguesas de Macau, Angola, Moçambique e no Brasil? estando ?um grupo de amigos íntimos e apoiantes do presidente Soares? disposto a colaborar com Murdoch ?através de uma nova companhia (a estabelecer em Portugal) ? a ?Atlantic Media Investments?.
Esta seria um ?joint venture? entre a ?News Corporation? (ou uma das suas subsidiárias) e o grupo de apoiantes de Soares sob os auspícios da Fundação de Relações Internacionais (FRI), uma organização sem fins lucrativos próxima do presidente Soares. Uma nova empresa chamada EMAUDIO, está em vias de constituição pelos apoiantes de Soares para através dela fazerem os seus investimentos?, sendo o principal objectivo ?maximizar o lucro de cada um dos seus investimentos? e ?garantir o controle de interesses na comunicação social favoráveis ao presidente Soares e, assumimos, apoiar a sua reeleição em 1991? (1)
(1) Memória descritiva do projecto português: estritamente confidencial. De Março de 1987. (Anexo 26).


?Take 6?
A EMAUDIO
Rui Mateus ? Contos Proibidos, memórias de um PS desconhecido.
Capítulo VIII
Quando chegou ao Palácio de Belém (Murdoch) teria um encontro a sós com Mário Soares e comigo e, antes do jantar, para o qual o presidente convidara outras pessoas da área da comunicação social, como Francisco Pinto Balsemão, Daniel Proença de Carvalho e Magalhães Crespo, Murdoch produziria um projecto de comunicado final.
(era o ?Portuguese Project / Strictly Confidential? (referido abaixo na Take 5)
Soares estaria de acordo com um comunicado, mas efectuaria ali mesmo algumas alterações.
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Entretanto, não seria Murdoch o preferido para associação com o grupo ?soarista?, mas sim o ?incrível senhor Maxwell?, que Mário Soares me apresentaria às 16 horas do dia 20 de Abril no Palácio de Belém.
O presidente português tinha em comum com Maxwell a amizade de Francois Miterrand!
Quando entrei no gabinete do Presidente da República dei com ambos em amena cavaqueira em francês, a fumar ?puros? cubanos.
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O encontro vinha na sequência de uma carta que Maxwell escrevera ao presidente português, no dia 11 de Março de 1987, a propósito da TV de Macau em que o malogrado magnata britânico considerava a liderança de Soares ?um exemplo de força e de iluminação?.
Mas o que mais tocaria o ego presidencial seria a parte em que Maxwell declarava que ?os nossos muitos milhões de leitores, dos nossos seis jornais de grande circulação na Grã-Bretanha, necessitam e desejam conhecer mais, da mais alta autoridade, o pensamento e planos do Primeiro Socialista da Europa?.
Soares acreditaria logo em Maxwell e sem perder tempo sugeriu-lhe que encarregasse a jornalista Marvin Howe de escrever uma biografia sua.
Maxwell concordaria imediatamente com a pobreza do trabalho eleitoral do seu concorrente George Windenfeld, mas o tempo demonstraria que o Presidente da República iria ter que se contentar com o ?Portrait of a Hero?, de Hans Janitschek.
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Entretanto em Lisboa, no dia 18 de Março de 1987, tinha sido constituída na Av. António Augusto de Aguiar, na sede da Fundação de Relações Internacionais, a EMAUDIO S.A., Sociedade de Empreendimentos Áudio Visuais para ir ao encontro dos acordos que estávamos em vias de concretizar com a News International de Rupert Murdoch.
O capital inicial seria de cinco mil contos, trinta por cento dos quais seriam desde logo depositados por Menano do Amaral na Caixa Geral de Depósitos, de uma conta do MASP que ele movimentava.

Para além dos estatutos, que são do conhecimento público, ficaria estabelecido que eu, enquanto Presidente da Fundação de Relações Internacionais, seria presidente do Conselho de Administração, com funções na área dos contactos internacionais. Dos outros dois administradores então disponíveis, Menano do Amaral era o homem de confiança de Mário Soares para os dinheiros e, como tal, seria responsável pelo sector financeiro e João Tito de Morais encarregado das questões ligadas ao lançamento de jornais e projectos na área da comunicação social. Almeida Santos seria o presidente da Assembleia Geral e João Soares o seu vogal. Bernardino Gomes seria o presidente do Conselho Fiscal.

Cada um de nós teria direito a receber graciosamente cinco por cento do capital do que a empresa viesse a ser, como remuneração pela nossa contribuição pessoal para o projecto. Cinco por cento do que viesse a ser o valor da empresa e não 5% dos cinco mil contos.

Os restantes 60% ficariam em meu nome, enquanto presidente da FRI e na qualidade de fiel depositário dos interesses de projecto político de Mário Soares, a ser desenvolvido por intermédio daquela Fundação e que tinha dois grandes vectores: reconquistar o PS para a área ?soarista? e ser reeleito Presidente da República em 1991.

?Take 7?
A EMAUDIO
Rui Mateus ? Contos Proibidos, memórias de um PS desconhecido.
Capítulo VIII
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Os três, então já administradores da EMAUDIO, Menano do Amaral, Tito de Morais e eu próprio, aceitaríamos o convite de Maxwell para um encontro em Londres a fim de conhecer a sua fabulosa gráfica, o Daily Mirror e a sede da Maxwell Communications Corporation. No final da visita enviar-nos-ia um motorista e um ?Rolls? vermelho para nos transportar ao seu palácio em Oxford, Headington Hill Hall, onde almoçaríamos com a sua família.

Era o velho sonho socialista para a comunicação social que estava em marcha e seria irresistível.

Maxwell responderia, quando lhe falei do acordo com Murdoch, que ?o último acordo era sempre o melhor?, acrescentando que, ?como o vosso presidente sabe muito bem, Murdoch não é da nossa área?, o que inviabilizaria, a seus olhos, o sonho de Mário Soares.
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Quando regressámos a Portugal, a opção dos accionistas da EMAUDIO e do seu patrocinador, a quem relataríamos o que tinha sido discutido, não deixaria lugar para quaisquer dúvidas. Assim, enviaríamos um memorando com as nossas condições, um pouco inflacionadas em relação às que tínhamos obtido na negociação com a News International e, a 21 de Julho, Maxwell confirmava o seu ?acordo de princípio com o conteúdo dos dois documentos?.

No dia 17 de Setembro Robert Maxwell estaria em Portugal para assinatura do acordo com a EMAUDIO e para um importante encontro com o Presidente da República, que ofereceria um almoço no Palácio de Belém.
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O outro convidado de honra deste almoço seria o empresário Ilídio Pinho, que o Presidente da República fizera questão de apresentar a Maxwell como sendo um dos maiores e mais importantes empresários portugueses.
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No final, eu acompanharia Maxwell ao aeroporto, no clássico ?Rolls Royce? da presidência. Disse-me então que o Mário Soares lhe recomendara uma associação com Ilídio Pinho, que por sua vez lhe teria dito estar disponível para investir dinheiro do empresário britânico na Bolsa de Valores.

No dia 27 de Outubro, Maxwell enviaria o seu avião a Lisboa para transportar Ilídio Pinho a Londres, onde se faria acompanhar do deputado do PSD, Ângelo Correia.
Para meu espanto viria a ter conhecimento que neste encontro fora assinado um acordo secreto que abrangia a comunicação social, sem que a EMAUDIO tivesse sido consultada, o que representava uma clara transgressão do acordo assinado antes com a EMAUDIO o qual, tinha sido elaborado pelo então advogado de Maxwell, Vasco Vieira de Almeida.
Quando tentei insurgir-me contra aquele ?acto?, Maxwell, que sabia perfeitamente quem mandava na EMAUDIO, dir-me-ia para tratar esse assunto com o ?teu presidente?.
O que faria, sendo informado que o segundo passo desta estratégia seria a assinatura de um novo acordo entre o empresário Ilídio Pinho e a própria EMAUDIO (Anexo 30).
Tanto quanto eu sei, o empresário Ilídio Pinho nunca chegaria a investir na EMAUDIO mas, no âmbito do seu acordo com Mawwell, este, seguindo a sugestão do Presidente da República, enviaria ao empresário português dez milhões de libras do Fundo de Pensões da MCC para investimentos na Bolsa de Valores de Portugal.
Quando Robert Maxwell regressou a Portugal, em Fevereiro de 1988, comentar-me-ia que Ilídio Pinho tinha investido esse dinheiro na sua empresa Cabelte com perdas consideráveis para o seu investimento.
Estava então tão furioso com o empresário português, que me proibiria de o convidar para o jantar que oferecia a empresários portugueses?

14.1.06  
Anonymous Anónimo said...

ler todo o blog, muito bom

20.11.09  

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