PROPOSTA
Os motivos são incontáveis. Mas com os recentes desmandos na velha cadeia , torna-se urgente! A formação de uma «estrutura», a formação de um Campo Arqueológico de Alhos Vedros.
posted by Anónimo at 24.1.06
24.1.06
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21 Comments:
Isso é mais do que óbvio, só não o sendo para quem manda na terra.
Para além disso, a CMM parece não ter especialistas na área, pelo que se depreende do seu quadro de pessoal, acabando por recorrer a quem na terra ou nos arredores goste de trabalhar apenas para aquecer, como se viu no caso da Cadeia.
Para além disso, já se sabe que para ter apoios em iniciativas desse género, é preciso ter cartão de amigo da agremiação regente e, nesse caso, não se arranja ninguém disponível.
Penso que a CACAV ainda tentou algo desse género, mas nunca nada deu em nada.
Basta dizer que as actas da vereação da antiga Câmara de Alhos vedros, de que me deu conhecimento um antigo trabalhador autárquico e actual professor, estavam completamente ao abandono numas prateleiras esquecidas, num gabinete, da biblioteca municipal, sem que ninguém lhes pegasse.
Agora nem sei onde andarão.
Uns técnicos têm mais que não fazer, outros desculpam-se que estão desmotivados prque lhes bloqueiam as iniciativas.
Enfim, nada avança, sem ser quando não pode deixar de ser e mesmo nesse caso temos sempre o vereador "inteligente" a dizer que já se faz o suficiente.
Por isso, a proposta é boa, os ouvidos de quem de direito é que são moucos.
Mas é necessário inverter essa situação. Conjugar esforços e combater o desleixo. Promover iniciativas, obter apoios, fazer algo! O património em causa é demasiado precioso para «ir andando» com está. E de facto é necessário ultrapassar a perniciosa situação, que se repete de caso para caso, do "ter cartão de amigo da agremiação regente". São necessárias vontades fortes.
Provocação: Não estarão os meus amigos a dar demasiada importância ás paredes antigas e a descurar o património humano do Concelho ? Que tal um comentário à destruição do tecido produtivo AlhosVedrence, cuja responsabilidade tem sido dos governos centrais e sobretudo da espécie de parasita que alguém gosta de apelidar de "Empresário Português".
1 Abraço
Ai! Ai! Zeferino, Zeferino!
Isto de atirar ao lado já devia ter passado de moda.
1º Se estas fábricas se instalaram como instalaram em Alhos Vedros a culpa é exclusiva do executivo da CMM da altura.
Hoje estamos a assistir a maluquice idêntica que dará os resultados que dará e depois logo veremos os "Zeferinos" do futuro a chutar para a responsabilidade do "Poder Central" do costume.
Dois links sobre isto para comparar:
Estudo sobre Parques
o protocolo Online
Leiam as duas coisas e vejam o que não bate certo.
2º A responsabilidade de não haver puto de interesse em apoiar uma iniciativa deste género é mesmo culpa do executivo da CMM já que lhes interessa bem pouco esta coisa do património, como se depreendeu de palavras recentes e acções do exmo sr vice-presidente da CMM.
Eu estou como o AV1. Não dá porque a resistência seria imensa.
Se calhar é melhor irem falar com os arqueólogos do concelho (Gonzales e discípulos) e verão o que eles têm a dizer sobre o executivo e a sua "visão" cultural.
Até mais.
Sobre essa do "património humano" já escrevemos tanto que temos a cabeça dos dedos toda achatada.
É só espreitar os nossos especiais no AVP e no AVVisual sobre as fábricas desactivadas da freguesia de AV e não só.
Não podemos é escrever sempre sobre o mesmo todas as semanas.
Caro Mario Da Silva
Muito me custa ver um declarado homem de esquerda a branquear o roubo que foi a atitude do pato bravo nacional, o mesmo que se desloca no seu mercedes, enquanto os Ex-PIDES dos GNR's batem no mesmo trabalhador que deixou o seu suor na fábrica para que o senhor pudesse comprar os carros, as vivendas, as amantes.........Caro Amigo centre as suas forças a combater estes individuos e não aqueles que sempre estiveram do lado dos mais fracos.
1 Abraço
Se o MdS é de esquerda então eu sou o novo Leonel Coelho.
lol
Lamento o comentário desapropriado sobre as "paredes antigas" produzido pelo meu amigo Zeferino. A conversa dele sobre os "governos centrais" diz muita coisa, sobretudo sobre o que ele pensa do governo local.
Acontece que o caso das "paredes antigas" anda estreitamente ligado ao caso do "património humano". E é necessário e urgente fazer algo. Chega de braços cruzados e lamentos.
Basta mesmo!
Está na hora de agir.
Já não basta ficar pela denúncia.
AV1 said...
Se o MdS é de esquerda então eu sou o novo Leonel Coelho.
É para vêr como as diferenças são ténues.
Quando as pessoas se preocupam e são sérias não interessa se são de esquerda, extrema-esquerda, direita ou extrema-direita.
Claro que o pessoal das extremas às vezes tem dificuldade em enxergar muito longe mas... há gente boa em todo o lado e vice-versa.
Até mais.
O teu único problema Mds é que não és, nunca foste e não serás uma pessoa séria.
A calúnia por caluniar é um sintoma de falta de argumentação inaceitável. Para começo de conversa...
A minha opinião é muito simples: como é que Vossas Excelências podem, sequer, dar-se ao trabalho de pensar em Campos Arqueológicos e afins, quando se sabe que o povo (ao qual eu me orgulho de pertencer) definha nos seus horizontes de bem-estar laboral e monetário, muitas vezes não tendo o que comer ou vestir. Muitas vezes, vivendo na incerteza e angústia de poder organizar (ou não) a sua vida futura com o mínimo de segurança. (vide caso Auto-Europa)
Nisto eu não cedo. Eu não quero um dia ter de ouvir um filho meu perguntar-me:"Ó pai, o que é o comer?". "Não penses no comer, filho! Vamos antes admirar a arqueologia da nossa terra. Isso é que nos enche o estômago...".
Por amor de Deus...
O Serafim escreve neste blog.
Eu volto a explicar. O chamado património é um caso «humano». O definhar dele significa o definhar da memória. Muito do património destas bandas (e não me refiro só às velhas paredes) está intimamente ligado a um passado de trabalho, das condições em que era exercido esse trabalho, de luta por melhores condições de vida, de quotidiana labuta com e contra os elementos, de rituais colectivos. É um «depósito» de memória colectiva. Tanto uma capela quanto uma velha fábrica. Tanto uma tradição oral quanto as velhas histórias de operários. E as lutas contra a opressão. Tudo isto é uma lição para o presente, para o nosso quotidiano e para o futuro também. E o maior inimigo disso tudo é o populismo, que contêm quase sempre o germe do totalitarismo. Analise-se a história dos fascismos do século XX, terão uma aula acerca de património.
Uma sociedade decente não deixa ruir o que é intrisecamente seu. Muitas das velhas paredes encerram histórias que têm de ser contadas. São lições.
Quem é o Gonzales?
O AV1 explicou: "Quanto ao Gonzalez é um arqueólogo que vivia ou vive em Alhos Vedros - acho que se mudou recentemente - que estava ligado ao PS e que fazia umas escavações sem grande apoio da Câmara como as da cadeia."
Bom Dia
Gostaria apenas de deixar um pequeno esclarecimento.
Não sou, nem nunca fui contra nenhum campo arqueológico, muito pelo contrário.
Sempre defendi que as memórias devem ser preservadas com todo o cuidado, porque para se compreender o futuro tem de se conhecer o passado. A minha provocaçãozinha ia apenas no sentido de ver da parte de Vexas um maior empenho e preocupação no Homem, na mercado de emprego, nas actividades sócio-culturais etc....ou será que por ai vocês têm pouca matéria para "picar" a CMM ???
"Vexa" escreve neste blog. Mas tem escrito pouco. Venha lá um texto com "empenho e preocupação no Homem".
Há muito para "picar" a CMM.
Folgo em saber que as vossas preocupações se concentram também na vertente humana, mas não podemos andar a contemplar o passado sem ter planos prédefinidos para o futuro. É pelo preparar do futuro que se deve começar... Senão andamos a viver do passado como um cavalo de batalha. Um fado tipicamente português.
Quem tiver tirado das minhas palavras a ideia de que se deve esquecer do passado não entendeu o que eu quis dizer ou fez-se de desentendido.
Pegando nas palavras de Zeferino, deve-se dar mais atenção ao Homem, em todas as suas vertentes.
E, sinceramente, acho que se deve começar por criar bases para o Homem do Futuro, sem deixar ao abandono o Homem do Passado. O passado já está escrito, o futuro é um livro em branco.
Está nas mãos de todos nós escrevê-lo...
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