23.1.07

Uma flôr e uma chamuça...

Os clubes portugueses andam a dormir. Não há outra palavra. Mas felizmente o nosso Presidente da República está a indicar o caminho correcto: a Índia. Até o Camões (que era zarolho) enxergava as potencialidades dessa terra mística, por isso gostaria de saber porque razão os dirigentes de clubes nacionais não penetram no mercado indiano. Já sei que eles gostam mais do "produto" brasileiro ou dos países de Leste, mas há muito que explorar na Índia. E se existe algo em que o português é bom é, precisamente, a explorar.
De certeza que se arranjaria um qualquer Radmajani desta vida ou, até, um Punjabi (quem sabe?) capaz de ombrear com os cepos da Superliga. E, se por um acaso qualquer, o investimento, ao nível futebolístico, não desse certo, reciclar-se-ia esse jogador para um formato de prestador de serviços do clube. Tudo bem, não serve para dar uns chutos na bola, mas há tanta coisa que o simpático indiano poderia fazer. Seria um investimento seguro. Como? Imaginem este cenário: o rapazito chega, olha para a bola como quem olha para uma perna de presunto num palco de ópera (com surpresa) e marca logo um autogolo do meio campo no primeiro jogo ao serviço do seu novo clube português (a modos como fez o Katsouranis no Torneio do Guadiana contra o Sporting). O dirigente chega perto dele e diz: "Radmajani, epá sim senhor (como todo o bom dirigente português fala), tu até és um gajo porreiro e tal, mas dá-me ideia de que a bola, efectivamente, mormente e nomeadamente, te atrapalha um pouco. Por isso, vamos ter de te arranjar um cargo novo que não seja futebolista (tramados estes dirigentes nacionais, sempre com ela fisgada). De maneiras que vais para o bar do café do clube, de 2ª a 6ª, servir uns cafézinhos e fazer umas chamuças para os sócios. Nos dias dos jogos, para atraír o público feminino, vais vender uma flores que o nosso seccionista do chinquilho rouba no quintal da tia Felismina!"
E assim se converte um jogador incipiente num catalizador de negócios e de receitas para o clube, aproveitando os seus dotes naturais, quer na confecção da chamuça, quer na venda de flores.
Aliás, eu já vi dois belos exemplos desta reciclagem laboral: Ibarra e Luís Campos. Ibarra ao serviço do Barreirense (presumo eu, dado que o vi sempre no Barreiro) e Luís Campos também ao serviço do clube do Barreiro e do Esperança de Lagos, seguramente numa transferência que terá dado dividendos aos homens da Margem Sul. É assim mesmo!!! Se não dão para o futebol, um como jogador, o outro como treinador, há mais coisas para fazer. Isto só vem provar que a Índia é um rumo para o futuro e a explorar desde já.
Dirigentes: mexam-se!!!


PS: Para verem as características do vendedor de flores indiano em pormenor, cliquem na foto.

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Com textos deles, ainda há quem chame ao Cavaco, ao Cravinho ou ao Louçã Economistas !!!! Ponham-me os olhos neste visionário da Economia InterContinental....Mai Nada. Este texto é digo do novo Blog em homenagem à romaria SonT que temos na forja....Estejam atentos :)

25.1.07  
Blogger Serafim said...

Esse vai ser o acontecimento do ano...

25.1.07  
Blogger Emanuelle said...

A Índia vai a ser nova potência do futebol mundial!
A primeira na bolsa de apostas para o Mundial 2010;-D

26.1.07  
Blogger João Vieira (discípulo do Mestre) said...

Zeferino, tens uma mensagem na caixa postal deste teu amigo!
Aquele abraço

10.2.07  

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