Que susto!!!

Finalmente acabou o Campeonato. E finalmente dizem todos os portistas. Porque mais uns fins de semana e a vitória caía para as bandas de Alvalade. O milagre foi tão grande que Pinto da Costa sentiu-se obrigado a ir Fátima ainda o jogo não havia terminado. Eu fui mais básico. Limitei-me a ir ao frigorífico buscar mais uma cerveja. Cada tem a sua fé...
Mas o que me impressionou mais foi ter mudado de canal e ver miúdos a chorar na TVI, no final do jogo do Sporting. Também chorei. Só depois reparei que eram o João Moutinho e o Miguel Veloso. Fiquei mais descansado. Pensava que era mais uma história de maus tratos infantis.
Por falar em crianças, logo de seguida mudo de canal e vejo outro petiz, junto às bancadas do Estádio da Luz, só de cuecas e com umas dezenas de adultos e adolescentes debruçados a apanharem a roupa que o miúdo tinha lançado para as ditas bancadas. Ainda não refeito do susto do jogo do Sporting, fiquei alarmado e pensei que Portugal estava cada vez mais a tornar-se num país de pedófilos. Mas, após um olhar mais atento das imagens, verifiquei que o miúdo era o Miccoli. Enxuguei as lágrimas, bebi a minha cerveja e gritei, inspirado num hino feito pela APAF: “PINTO, PINTO, PINTO, és a nossa glória, se não tiveres uma Carolina, dai-nos neste dia, mais uma Gisleine ou uma Vitória.”

Deixem o Mantorras coxear!!!

Voltei com um tema que me diz muito. Não por ser benfiquista mas por ter nascido em Angola, como Mantorras. Custa-me muito ver Mantorras no banco quando anda no relvado um jogador que não coxeia como o meu conterrâneo mas é, no léxico popular, um grande coxo: Derlei.
Ele luta (mas futebol não é a luta livre), ele corre (mas isto não é atletismo), ele cospe para o chão de 5 em 5 segundos (mas o Capucho já deixou os relvados) e ele tem um penteado tipo palha de aço (mas isto não é um lava loiça) só que aquela coisa redonda que saltita pelo relvado atrapalha. Os seus melhores anos já foram.
A minha teoria é a de que o Mantorras está a ser vítima do Departamento Médico do Benfica (claro) e da disputa política entre Portugal e Angola, com confusões como os casos das cartas de condução, entre outras coisas.